terça-feira, 26 de setembro de 2017

Contestando Rousseau

Disse Jean-Jacques Rosseau: "O homem nasce bom, a sociedade é que o corrompe".

Isso dito no contexto a que Rousseau se referia, talvez pareça mais verdadeiro. Mas num contexto geral, seria mais razoável afirmar: o homem nasce sem consciência de bondade e maldade, mas pode ser cruel por sua própria natureza instintiva. Cabe à sociedade aparar-lhe as arestas.

Bondade e maldade não são conceitos relativos. Por exemplo, uma criança na tenra idade que atira pedras em passarinhos pode não ter a consciência do que é ser bom ou mal, mas a prática que ela realiza é má em si própria, pois fere outra vida.

Cabe à sociedade [família, escola, igreja, governo e mídia] o papel de educar esse ser, tornando-o sociável.

A essa educação, dá-se o nome de moral, que pode ser entendida a grosso modo como sendo regras sociais de boa conduta.

Mas há outro autor que tem algo a acrescentar nesta discussão:

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de sua última quimera. 
Somente a Ingratidão – esta pantera – 
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera! 
O homem, que, nesta terra miserável, 
Mora, entre feras, sente inevitável 
Necessidade de também ser fera.  

Toma um fósforo. Acende teu cigarro! 
O beijo, amigo, é a véspera do escarro, 
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se alguém causa inda pena a tua chaga, 
Apedreja essa mão vil que te afaga, 
Escarra nessa boca que te beija!

(Augusto dos Anjos)


Rosseau fala num contexto Pré-Romântico, interpretando os índios como "bons selvagens", em detrimento da sociedade francesa da época, corrompida.

Augusto dos Anjos fala de seu lugar peculiar na literatura, mantendo a hipótese de que o homem se corrompe a partir do meio social, mas também trazendo isso para o seu ponto de vista pessoal, como quem dissesse algo do tipo: não aceite a piedade dos homens, pois estes são traiçoeiros.

Mas considerando um contexto geral e, portanto, rejeitando a hipótese de ambos, daria para afirmar que o homem tem uma natureza cruel e que a sociedade o tornaria sociável e ético. Mas isso depende do papel que esta sociedade deseja assumir para si: se ela é responsável e cumpre o papel de educar a todos ou se ela desiste da difícil tarefa.

Contudo, se o ser humano é cruel por sua natureza e a sociedade é o conjunto de seres humanos, é possível existir uma sociedade bondosa?

Contradizendo essa lógica, penso que sim. E aí introduzo o conceito de "fazer esforços diários", como no aprendizado diário de uma língua estrangeira. Uma sociedade que faz seus esforços em ser boa, contrariando sua natureza humana e cruel, poderia chegar a ser boa, ou pelo menos, esta seria a definição de uma sociedade utópica: um conjunto de indivíduos que diariamente se esforça em praticar apenas o bem, pensando no bem coletivo e não só no seu próprio bem-estar individual, consciente de que isso faria bem a todos, inclusive ao próprio indivíduo, como no conceito de karma, que olhando assim não tem nada de místico ou metafísico, é pura lógica e física.


domingo, 17 de setembro de 2017

O Rock in Rio perfeito

Como seria o melhor Rock in Rio de todos os tempos:


1ª noite

2ª noite

3ª noite

Charlie Brown Jr.
Groundation
Soldiers of Jah Army (SOJA)
Bob Marley & The Wailers
Red Hot Chili Peppers
Creedence Clearwater Revival
Days of the New
Smashing Pumpkins
Pearl Jam
KISS
Scorpions
U2
Dire Straits
Pink Floyd
Queen 
Jimi Hendrix
Deep Purple
Blind Guardian
AC/DC
Queens of the Stone Age
Saxon
Iron Maiden
Alice in Chains
Soundgarden
Black Sabbath
Metallica
Guns n’ Roses
Sex Pistols
Led Zeppelin
Nirvana 
Cazuza e Barão Vermelho
Legião Urbana
Janis Joplin
Echo and The Bunnymen
The Doors
Ramones
Green Day
R.E.M.
a-ha
Joy Division
The Smiths
The Who
The Rolling Stones
The Beatles
Chuck Berry